Pool de Paletes da CHEP, 20 anos que mudaram a Distribuição

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A CHEP Brasil está comemorando 20 anos de atividade neste 1º de julho de 2018. Nessas duas décadas, a empresa, dedicada ao pool de paletes e contentores, teve crescimento vertiginoso ao elevar o ativo inicial de 55 mil equipamentos para um parque de 7 milhões de paletes, num crescimento superior a 12.700%.

Com 20 Centros de Serviço e mais de 2 mil pontos de coleta em todo o Brasil, a empresa é referência pelo fato de o mercado considerar que a distribuição paletizada no Brasil pode ser dividida entre antes e depois da chegada da CHEP. É que o seu pool de paletes significou uma revolução, pois indústria e comércio não tinham como controlar seus paletes na cadeia de suprimento, por ser essa uma ação fora da expertise da esmagadora maioria das empresas – mas que fazia parte do DNA da CHEP.

O POOL DA CHEP É PURA LOGÍSTICA

O pool de paletes que a CHEP criou há mais de 70 anos, é uma idéia aparentemente simples, pois trata-se de uma locação: as empresas clientes solicitam a quantidade de paletes que querem receber, e informam onde e quando querem a entrega. Da mesma forma, depois de enviarem seus produtos, avisam onde e quando querem a retirada dos paletes CHEP.

Essa simplicidade é apenas aparente, pois os equipamentos não têm número ou qualquer indicação que não seja o logotipo da empresa e a cor azul, marca registrada da CHEP. Fora isso, o controle é pura logística, um exercício de acompanhar diariamente 7 milhões de ativos por mais de 2.000 pontos de coleta, já que ainda não é viável o rastreamento tecnológico desses equipamentos.

O palete, um prosaico estrado de madeira movimentado por empilhadeiras e paleteiras até carrocerias de caminhão e estruturas de armazenagem, entrou em uso intenso a partir da II Grande Guerra, e desde então é interface vital para a logística. 

TRAJETÓRIA DO POOL FOI DIFÍCIL

Quem olha para os números do crescimento da CHEP Brasil – e para a simplicidade teórica do pool de equipamentos – pode ter a sensação de que a trajetória no País foi igualmente tranquila. Não foi nada disso: quando a CHEP surgiu, a função do palete aqui era apenas a de tornar mais ágil a distribuição interna de armazéns, nas chamadas “operações in house”, pois décadas de inflação desenfreada haviam tirado o foco de temas como redução de custo e produtividade. 

Quando o Plano Real domou a inflação, as empresas deixaram de viver de investimentos financeiros e tiveram de ser competentes, competitivas – precisaram buscar a logística. Era um alento, mas quando se olhava para o detalhe das operações logísticas o cenário era de terra arrasada. 

A CHEP SURGIU PARA REVOLUCIONAR A PALETIZAÇÃO

Havia proliferação incontrolável de paletes com qualidade inferior ao mínimo tolerável. Havia também intermináveis atritos com os clientes por causa do retorno de paletes estragados, devolução em menor número do que o enviado, ou simplesmente gritaria pelo não recebimento de mercadorias. 

Eram comuns e frequentes, assim, as paradas de linhas de produção por falta de paletes. O pool de paletes se configurava como solução para todas essas mazelas, mas duro era desbancar a visão fechada e estreita sobre custos operacionais. 

Havia ainda carências contábeis – não se conseguia fazer a leitura correta entre custo real x custo próprio. A saída era fazer projetos-piloto e ir explicando de empresa a empresa as vantagens do pool de paletes. Foi o que a CHEP fez.

 

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