Tecnologia e estratégia reduzem acidentes nas estradas brasileiras

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Em tempos de crise, otimizar operações logísticas é fundamental. Ganham todos os envolvidos e, além de eficiência, temos o que é mais importante: segurança.

O mercado de transportes é um dos que mais sofre. São roubos e furtos de cargas, que somam bilhões de reais em prejuízos. Porém, tão preocupante quanto isso, são os acidentes, que também tiram o sono de transportadoras, embarcadoras e, obviamente motoristas.

De acordo com Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, a maior gerenciadora de riscos independente do país, entre os motivos para essa preocupação estão as estradas sucateadas e frota velha, que não passam por manutenção preventiva de forma adequada. Falta de profissionalismo e ambições extremas também são responsáveis por esse cenário negativo. “Para termos uma ideia do quanto essa situação é problemática, as companhias seguradoras pagaram R$ 10 bilhões de sinistro de acidentes de trânsito, em 2015, ou seja, um valor 10 vezes maior do que computado em roubos e furtos”, detalha.

Tecnologia

Em razão disso, é preciso abrir os olhos para tecnologia e usá-la a favor para ajudar a reverter esses números, explica Buonavoglia. o caso do gerenciamento de riscos, a prevenção é feita com o uso da telemetria, que é uma tecnologia originalmente utilizada pela Fórmula 1 e que ganhou terreno com a preocupação das empresas em relação à redução de acidentes.

Hoje é possível controlar passo a passo dos motoristas e criar ações que vão ajudá-lo a chegar no lugar certo, em segurança. “Mas que fique claro: telemetria não é apenas instalar um rastreador ou um software simples para isso. É preciso usar inteligência e aí que entra a importância de uma gerenciadora de riscos, pois ela terá equipe e tecnologia mais do que suficientes para a segurança e agilidade que os clientes tanto querem”, enfatiza.

Plano de Gerenciamento de Riscos

Um PGR – Plano de Gerenciamento de Risco é feito com base nas informações de cada operação e, para isso, é necessário avaliar os tipos de mercadorias (se são visadas, de fácil recolocação no mercado, de fácil manuseio), valor, cubagem x peso, áreas de riscos, ou seja, regiões geográficas caracterizadas pela alta incidência e concentração de sinistros de roubo de carga, rotas (rodovias com alta incidência de acidentes, por exemplo), tipos de veículos e de motoristas (se são funcionários, agregados ou terceiros/autônomos). De posse destas informações são definidos os procedimentos, equipamentos e controles das operações.

“Mesmo que muitos achem que prevenção é exagero, diversas empresas seguem pelo caminho oposto e investem na tecnologia para terem uma logística perfeita e segura”, avalia. Em tempos de crise, otimizar operações logísticas é fundamental. Ganham todos os envolvidos e, além de eficiência, temos o que é mais importante: segurança.