Logística compartilhada – Especial AMBEV

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Logística compartilhada

Programa da Ambev prova que é possível criar uma rede colaborativa, acabar com a ociosidade no transporte de cargas e ainda reduzir a emissão de gases de efeito estufa com iniciativas baseadas na economia colaborativa.

“A proposta é que os veículos que prestam serviço para nós, que retornariam às cervejarias vazios depois de abastecerem os centros de distribuição, façam os trajetos de volta com cargas de empresas parceiras”

Guilherme Gaia, Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev

É certo afirmar que o mercado de logística é muito tradicionalista? É um nicho com decisões mais conservadoras, principalmente, quando se trata do transporte de cargas? Há especialistas que dizem que sim! Outros, não. Estereótipos à parte, apesar destes setores econômicos terem grande influência de empresas em atividade há muitos anos, não necessariamente são resistentes a novidades e inovação. Se em algum momento a logística se colocou como um mercado convencional, certamente isso está mudando.

A economia compartilhada, ou colaborativa como também é conhecida, é uma grande tendência mundial, promete ser um modelo cada vez mais legitimado em relações B2B e B2C, e avança significamente para derrubar qualquer possibilidade de conservacionismo dos mercados de logística, transporte de cargas e comércio exterior.

São princípios da economia compartilhada: acabar com possível ociosidade, diminuir ou até mesmo mitigar desperdícios, incluir sustentabilidade no processo e – fundamentalmente – compartilhar bens e serviços. Mas vale ressaltar que, sem inovação e tecnologia não há ganho social, econômico ou tecnológico, ou seja, não há economia compartilhada.

Um bom exemplo de ociosidade na logística está no transporte rodoviário de cargas nacional, que sofre com a inatividade de caminhões. Muitos deles ainda circulam vazios por grandes trechos, quando poderiam ser utilizados para levar cargas de outros embarcadores, o que impactaria positivamente os custos operacionais de ambos e diminuiria o fluxo de veículos nas estradas consideravelmente. E mais: menos caminhões na estrada, menos emissão de poluentes. Foi com o objetivo de mudar uma realidade muito próxima desta que a Ambev criou o Programa “Frota Compartilhada” e reduziu significativamente a emissão de gases de efeito estufa por meio da logística colaborativa.

O Frota Compartilhada é um projeto pioneiro que consiste exatamente na instituição de parcerias com empresas para otimizar as operações logísticas de cada uma e reduzir os respectivos impactos no meio ambiente. “A proposta é que os veículos que prestam serviço para nós, que retornariam às cervejarias vazios depois de abastecerem os centros de distribuição, façam os trajetos de volta com cargas de parceiros”, conta o diretor de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev, Guilherme Gaia. Mas este não é um projeto isolado.

A Ambev fechou 2017 atingindo seis das sete metas ambientais estabelecidas pela AB InBev, grupo do qual faz parte, para todos os 25 países onde o grupo global atua. Nos últimos cinco anos, a cervejaria investiu cerca de R$ 1 bilhão em diversas iniciativas que incluem redução nas emissões de gases de efeito estufa, e também no consumo de água, energia e matérias-primas e até mesmo a troca de refrigeradores em bares, lanchonetes e supermercados por modelos ecológicos.

Um dos resultados mais significativos foi a redução da emissão de gases de efeito estufa. A meta estabelecida consistia em reduzir a emissão em 10% entre 2013 e 2017. Em 2016, no entanto, a Ambev já tinha diminuído as emissões em quase 40% com a implantação de iniciativas de eficiência energética, como redução no consumo de combustíveis e energia elétrica e diversificação da matriz energética. Em termos práticos, a redução de 40% no volume em toneladas de CO2 emitidos equivale ao consumo médio de 18,7 milhões de árvores – ou 10 mil campos de futebol por ano.

Outra meta estabelecia a redução na emissão de gases de efeito estufa especificamente na cadeia logística em 15%. A Ambev superou a meta em 7 pontos percentuais, totalizando uma diminuição de 22% nas emissões graças à otimização logística e ao programa Frota Compartilhada. “O Frota Compartilhada” teve início em 2012 e foi criado como forma de reduzir as emissões de carbono das nossas operações logísticas, visto que a sustentabilidade socioambiental é um pilar central do nosso negócio. A prática colaborativa já era bem executada no mercado, mas através do programa potencializamos e aumentamos o número de viagens e parceiros”, explica Gaia.

Desafio – Segundo o diretor de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev, no início, foi um grande desafio viabilizar a parceria com as empresas e casar as malhas viárias, estruturando um plano que beneficiasse todos os envolvidos.

“A partir do momento que os parceiros foram compreendendo o conceito e os benefícios do projeto, a relação se consolidou de forma muito positiva, já que o meio ambiente e todos os envolvidos saem ganhando”.

Nos últimos quatro anos, as viagens colaborativas da Ambev aumentaram em 210% e já fazem parte do grupo 20 empresas, como Heinz, Unilever, ASA e Aramóveis, que compartilham cerca de 3 mil viagens mensais em todo o território nacional. “Reduzimos a emissão de gases de efeito estufa em nossa cadeia logística em 33,9% entre 2014 e 2017, resultado que inclui não só o Frota Compartilhada mas também o Frota Circular, projeto em que um mesmo caminhão é usado para fazer o transporte de diferentes insumos da cervejaria”.

 

 

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